Antes de falar sobre a Gestalt-terapia, quero mencionar o contexto em que ela está inserida.

A Psicologia é dividida em diversas áreas de atuação, e as principais são: Psicologia Clínica, Organizacional, Social e Educacional.

O trabalho que eu desenvolvo está situado na Psicologia Clínica. E, apesar de não ser obrigatório, considera-se que para uma boa atuação nessa área o profissional deve realizar uma formação em alguma abordagem teórica.  Mas, Vanessa, o que é isso?

Simplificando, é a forma como os autores mais relevantes da Psicologia descreveram a teoria e compreensão do ser humano. Tudo começou com a criação da Psicanálise por Freud e com o tempo outros autores foram criando novas abordagens para fundamentar suas críticas e percepções.

Com essa introdução, posso avançar para a Gestalt-terapia.

Bom, é a abordagem que escolhi para fundamentar o meu trabalho na Psicologia Clínica. É como se fosse uma lente para ver o mundo, as pessoas e suas relações.  Foi desenvolvida entre as décadas de 40 e 50 e reconhecida através dos autores Perls, Hefferline e Goodman.

A Gestalt-terapia direciona o processo terapêutico para o momento presente e explora as diferentes formas de contato entre uma pessoa e suas vivências. Preza pela criação de novas possibilidades, desenvolvimento da consciência e autorresponsabilidade.

Essa abordagem me capturou por apresentar uma coerência muito grande com a minha forma de enxergar a vida. Ela também me ensinou que não preciso ser rígida no trabalho, mas que  posso manter minhas características pessoais e utilizá-las a favor das pessoas que buscam desenvolvimento de vínculo terapêutico, acolhimento e leveza na comunicação.